Anthropophagic 1928 – 1930
Depois que Tarsila deu de presente ao seu marido na época, o escritor Oswald de Andrade, a obra Abaporu, começou a Fase dita Antropofágica em sua obra. Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fez o Movimento Antropofágico depois de ganhar a obra. Nesta fase, a artista ainda usava cores fortes, mas os temas eram do seu imaginário, dos seus sonhos, de lembranças de infância, de visões de objetos reais transformados em bichos imaginários, ou em outras formas diversas, que somente uma artista tão revolucionária, com uma visão de vanguarda poderia criar as figuras e as composições que a tornaram um gênio da arte.
- O SAPO, 1928, óleo sobre tela, (P105), Museu de Arte Brasileira – FAAP, SP, SP O elemento do sapo presente nesta obra já foi assunto de outro quadro importante da artista, A Cuca de 1924. Mas aqui, a figura é o personagem principal, em um mundo de fantasia. Ele olha com ingenuidade e alegria para a entrada de um grande túnel, com cactos plantados em cima. Mais intrigante é a sombra da luz que vem por trás do sapo e que o ilumina, mas não ilumina igualmente as plantas de cima. Aliás a iluminação da parte de cima é completamente diferente da parte de baixo. Devaneios da artista.
- O Touro, 1928 Em breve descrição...
- URUTU, 1928, óleo sobre tela, 60x72 cm, Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM, RJ Possivelmente esta obra vem junto com a inspiração do amigo e escritor Raul Bopp, que na mesma época escreveu o livro ‘Cobra Norato’. Mas de qualquer maneira são símbolos fortes da nossa cultura: a cobra Urutu, e o ovo, revelando a gênese.
- O LAGO, 1928, óleo sobre tela, 75,5x93 cm, (P104), Coleção Hecilda e Sergio Fadel, RJ, RJ Nesta exuberante obra, também da fase Antropofágica de Tarsila, os elementos diversos se sobrepõe e o contraste das cores fortes, fazem da paisagem do lago uma imagem de fantasia, idealizada pela mente da pintora. As obras desta fase são consideradas as mais importantes e valorizadas da pintora.
- Distância, 1928 Em breve descrição...
- ABAPORU, 1928, óleo sobre tela, 85x73 cm, (P101), Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires – Fundación Costantini, Buenos Aires, Argentina Em janeiro de 1928 Tarsila deu de presente ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade, uma obra para impressioná-lo. Muito empolgado disse que era o melhor quadro que ela já tinha feito e o batizaram com as palavras indígenas ‘Aba’, que significa homem e ‘poru’, que é o homem que come carne humana. Abaporu significa o antropófago. Em seguida Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e iniciou o Movimento Antropofágico inspirados na obra. Este é o quadro mais importante da arte brasileira.
- A Boneca, 1928 Em breve descrição...
- A LUA, 1928, óleo sobre tela, 110x110 cm, (P100), Coleção Particular, SP, SP A fase da obra de Tarsila iniciada com a pintura do Abaporu foi intitulada de Antropofágica. Este quadro é também desta fase. Podemos observar elementos da natureza como a lua e o cacto pintados de maneira estilizada, assim como o resto da composição, onde o céu e a planície parecem sonhos e devaneios da artista.
- O SONO, 1928, óleo sobre tela, 60,5x 72,7 cm, (P108), Coleção Geneviève e Jean Boghici, RJ, RJ Tarsila contou que fez esta obra inspirada em registrar a sensação do estado de ânimo do limite entre a consciência e a sua perda no processo de adormecer. Esta era a obra preferida do escritor Oswald de Andrade, e ele ficou com ela até o seu falecimento. Vale ressaltar que Oswald morreu em sérias dificuldades econômicas.
- ANTROPOFAGIA, 1929, óleo sobre tela, 79x101 cm, (P110), Fundação José e Paulina Nemirovsky, SP, SP Nesta obra a pintora fez a fusão dos quadros A Negra e o Abaporu. Alguns elementos aparecem com diferenças das obras originais. Os rostos da Negra e do Abaporu estão diferentes, assim como os pés e as mãos. Mas isso não interfere na percepção da união das duas obras, e na magnitude do conjunto formado.
- Idílio, 1929 Em breve descrição...
- SOL POENTE, 1929, óleo sobre tela, 54x65 cm, (P117), Coleção Geneviève e Jean Boghici, RJ, RJ A fantástica visão da artista que, a partir de uma foto de uma pedra de sua fazenda na região de Itupeva, no interior de São Paulo, construiu o bicho central da composição. E também a concepção arrebatadora do pôr do sol explodindo em tons alaranjados e amarelos, compondo com as figuras dos cactos e da vegetação inventados por Tarsila
- COMPOSIÇÃO (Figura só), 1930, óleo sobre tela, 83x129 cm, (P119), Instituto São Fernando RJ, RJ Tela que passa uma certa melancolia, pela figura que aparece só, como o subtítulo do quadro já diz, com os cabelos longos e voando soltos, aparentando um olhar para o infinito. Foi uma época da vida de Tarsila que ocorreram sérias mudanças sentimentais, com a separação de Oswald de Andrade, e também de ordem financeira, com a crise da bolsa de Nova Iorque.
- FLORESTA, 1929, óleo sobre tela, 64x62 cm, (P114), Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, SP, SP Quadro da fase Antropofágica da obra de Tarsila. A Floresta imaginária em tons verdes fortes, com formas ovóides rosa arroxeados, nos leva a um mundo fantástico, típico deste Universo da imaginação desta fase da artista.
- Cidade (A Rua), 1929 Em breve descrição...
- Calmaria II, 1929 Em breve descrição...
- CARTÃO-POSTAL, 1929, óleo sobre tela, 127,5x142,5 cm, (P112), Coleção particular, RJ, RJ Aqui a pintora usa alguns elementos da fase Pau-Brasil na construção do quadro. As casas, a paisagem do Rio de Janeiro bem definida, as cores caipiras. Embora na vegetação, tenha traços da exuberância e da imaginação da fase Antropofágica, como por exemplo as folhas em formas parecidas com corações na árvore em que está deitado um bicho-macaco e sua cria, bem característicos do onírico de Tarsila.
- Paisagem com ponte, 1931 Em breve descrição...